sábado, 24 de abril de 2010

20's years of Hubble


Ele está lá em cima desde 1990, um marco na evolução astronômica, revelando imagens mais nítidas que os telescópios terrestres até então não obtinham (obtém) pelas distorções de imagens geradas pela atmosfera de nosso planeta. Ele ajudou e está ajudando a compor assim, diversas análises sobre o universo e estudos sobre fenômenos que nele ocorrem, descoberta de asteróides, cometas, meteoros, satélites, planetas, estrelas, sistemas, galáxias, corpos celestes.

Levando a homenagem do astrônomo Edwin Powell Hubble, e levado ao desenvolvimento por parte do astrônomo Lyman Spitzer, a previsão é que o telescópio seja mantido em uso até 2013, quando será substituído pelo telescópio James Weeb. Durante sua jornada pela órbita terrestre, vários erros foram identificados em sua estrutura, e missões foram necessárias para seu conserto, o que necessitou de EVAS, propiciando famosas e incríves imagens de astronautas flutando no espaço.

Em um de seus problemas, foi evidenciado em 1993 que as lentes do hubble continham um problema de "miopia" (dificuldade de enxergar objetos a longa distância) o que "borrava" as imagens captadas, tendo assim a comunidade cientìfica se precipitado em especulações a cerca do que viam. Corrigidas as lentes foi possível obter-se finalmente imagens nítidas do espaço. Dentre estas, os anéis existentes e remanescentes da última supernova, a qual foi possível de ser vista da Terra devido sua proximidade em 1987, e por referência ao período, chamada de 1987A, evento ocorrido na galáxia satélite "Nuvem de Magalhães" que é "vizinha" a nossa Via Lactéa, imagem visível em 1994, logo após os reparos.
O Hubble não está sozinho em sua jornada, encontram-se em órbita outras estruturas que fotografam o espaço sideral, dentre estas, dedicada a procura de exoplanetas, (planetas muito distantes do sistema solar) com características terrestres, o telescópio CoRoT, projeto liderado pela França que conta também com apoio brasileiro, que aos poucos se direciona também como um país envolvido e engajado com projetos de pesquisa espacial.
Fontes Relacionadas:

http://pt.wikipedia.org/wiki/SN_1987A

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Roads




O mundo corre num único caminho,
estou parado e ele me leva,
distante de você,
que também está estática,
a muitas milhas, mas ainda assim,
aqui, tão perto,

O mundo corre num único caminho,
estou parado e ele me leva,
direto pra você,
que também está estática,
a poucas milhas, mas ainda assim,
distante, tão longe,

Não importam as relatividades,
o mundo sou eu, o mundo é você
nosso mundo ainda existirá?
Por mais que você esteja em minha mente
o mundo é estrada
Eu não sei que estrada percorrer...





sábado, 17 de abril de 2010

Supergrass is 10! e (in)finito.



Quando uma banda boa se desfaz deixa uma legião de fãs desconsolados, assim foram com os Beatles, Ramones... mas é assim mesmo, a esperança fica numa retomada futura, mas seria isto saudável? Bem, chegou a vez do Supergrass que agora anunciou em 12 de abril sua despedida. http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL1566028-7085,00.html


Em seu último disco " Diamond Hoo Ha" (08) a sonoridade obtida foi, como em suma maioria, diferente dos demais discos, sem no entanto obter um impacto como em trabalhos anteriores. Destacam-se deste projeto as músicas lançadas também em singles anteriores ao disco, como: "Ghost of a friend", "Bad Blood" e a cover de Michael Jackson que ganhou uma valvulada e empolgante versão "Beat it". Foi o ultimo disco também pela EMI Parlophone, sendo que era previsto um novo disco para o ano de 2010/11 por um selo independente, enquanto isso Gaz Coombes (vocais) e Danny Goffey (bateria) formavam o Hot Rats, projeto que mantém desde então com covers musicais.

O Supergrass foi uma das poucas bandas que vinha se mantendo nos anos 00's em uma determinada linha, sem aderir a onda do indie/britrock moderno, marcada por uma batida exaustiva e entediante e refrões agoniados, que ainda assim arrecada a grande parte do público que começa a aderir ao rock n' roll, devido principalmente ao apoio midiático que este tipo de rock ganhou nos últimos anos, não tendo mais sua visão de subversão e sim de algo "bacana", "moderno" rentável para grandes interesses, e nisso se criaram e multiplicaram bandas sem originalidade tanto em letras quanto melodias, embora em muitos casos providas de técnicas para tal, tentando rememorar (ou revirar do caixão) diversos ícones e estilos musicais adicionando (sujando) a estes com batidas e melodias repetitivas.

A originalidade do Grass está a gosto do fã, mas sem dúvida "Life on Other Planets" (02) merece destaque, por trilhas bem viajadas e a presença mais marcante das vibes dos teclados e sendo um disco que brota no auge strokeano e seus clichês, é digno por ter sua autonomia perante a tudo que porteriormente viria ao cenário.

Quanto ao fim, isso é inevitável, e o caso do Oasis é um exemplo de que embora as coisas possam retornar, o desgaste permanece, há um momento para tudo e este pode ser infinito se ficar em nossas boas memórias e influenciar em nossas sábias decisões.
E assim se foi, boa parte do brit rock 90...


Supergrass - Life on Other Planets - Run

I can see a long way down
Heaven had the time to grow
Heaven had the time to grow
Now the fire's burned down low
Lying in the afterglow
Living in your afterglow
I can make it right for you
Even if you had to go
Even if you had to go
I can walk away from you
Only if you want me to
Tell me that you want me to
Even if you had to run
Even if you had to run



Lua sem brilho



As luzes passam pela noite na cidade mórbida, e você não está mais em seu telhado, a observar a todos esperando alguém chegar, abrir uma porta e te levar pra longe. Se de fato hoje alguém conseguiu alcançar este mérito eu não sei, eu procurei fazê-lo, mas enfim, em teu lugar agora ficou um vazio de espaço, que por momento de raiva eu tentei criar, e posteriormente lutei para não crer que este se consolidava. Por algumas vezes era sua sombra, de relance ao horizonte, voando distante e nada mais, e aqui ao meu lado a agonia de não sentir mais a sua mão, pequena. Desviando caminhos, louco pra correr em teu destino, desatino, perturbado pelos conceitos das pluralizações de vozes, que ora assentiam, ora refutavam, e assim, se foi... cada um em seu caminho atrás de algo verdadeiro em que acreditar.

E as notícias vem aos poucos, perturbadas pelas mesmas e sujas vozes alheias que de fato não tocam em teu paradeiro mas tentam dizer o que se passa, escassas, a cada década...

O mundo não parece tão grande, mas ainda assim não te reconheço, em tantas caras, alguma eu sei, deve de ser, tantas coisas se passaram, tantas de você se apresentaram, que misturo elementos e já não sei mais quem é quem, mas há sim, certos pontos que me fazem parar em meio a multidão, sem olhar pra trás, respirar, e novamente seguir em frente, pois hoje enfim já não levo mágoas nem espero reencontros.

Já foram muitas as luas que não tiveram teu brilho.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

¿Por qué no te callas?



Ela surgiu numa quinta-feira, voz rouca, amaciada e aveludada, maquilando sua idade tão singela e colocava-se de fato com ar de altivez como se de tudo do mundo ja de fato "soubesse". Mas, ah, como era impertinente, assumia o estandarte, punha a cara a estapear-se de tudo a opinar, participar, amarga simpatia, com pompa, de fajuto conhecimento aplicando a cada momento sem sequer se preservar.

Arrastava a multidão, em seu único conceito:
"É tudo meu!"

E nem ai, grasnando feito louca, rindo feito estúpida, de olhos atentos, tão dada, arruinava-me seu palavrório desenfreado feito uma gralha que não alcança melodia, e todo dia, a mesma ladainha, seu rosto se torcia, prestes a explodir mirabolantes associações baratas. E haveria alguém disposto a calarte a boca?!


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Absorto



Segui a trilha mais secreta, discreta, pela porta aberta, o silêncio rasgava toda e qualquer palavra, era tudo de que precisava e ali, desprovido de versos, me vi finalmente absorto. Mergulhado na matéria circundante, tantas vezes posta a parte, quieta em sua hemorragia, espraiando-se, desvairando-se.... ah sim! por um momento, vento, planta, chão, construção, e bebo da fonte! e agora sim vivo, existo! estrelas, escuro, cerca, grilo, porra de nomes! dê-me de volta a coisa crua, caótica, total, despida de sentido ou denominação, apenas assim... delirante! e vide como as pragas se propagam!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Espaço-Tempo



Espaço-tempo é local onde se configuram os atores do teatro mundo, seja este mundo seu umbigo onde moram seus fantasmas, ou o universo em sua magnitude. As estratégias, os atos, as guerras, as massas e sujeitos em suas subjetividades e em sabedorias, sejam elas quais forem, espaço-tempo é locus da cultura, sistema, dogma, tragédia, revolta, conquista, derrota, é ontem, hoje e amanhã, é relativo. A este que vos escreve sem pretensão de ser lido aos diversos cantos da existência, espaço-tempo é ambiente de idéias, angústia, desejo, delírio, frustração, diálogo, comentário, desabafo, provenientes das podridões que chegam aos olhos e que aqui se descarregam promovendo a arte corrosiva, e fútil? ainda assim, a arte que outros colocam em livros e se tornam heróis de uns poucos, ou a arte que outros bradam loucos e bêbados em teorias avassaladoras que poderiam destruir o homem em segundos, mostrando sua realidade estúpida, mas que também assim em segundos se esvaem como se o próprio eu do cantante por medo de se esvairar e perder sua sanidade assim as esquece. Seja em mesa de bar, velório ou no leito da dor, aqui se pretende mostrar, espaço-tempo é lugar da ação.